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Vladimir Kush - Sunrise by the ocean
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Perdidos, nós nos encontramos
Aqui.
Introvertidos, nós procuramos
Sair.
E não há mais saída, já
somos
Alguma coisa que eles
nos dizem
Que (supostamente) somos
Ou que deveríamos
Ser.
Ser? Deveríamos?
Grito, ele sai da alma.
Sorriso, de olhares
profundos.
Ambos, secretos.
Não querem ser conhecidos.
Perdidos?
Se não nos
encontramos,
Quem mais nos
encontrará?
Mistérios nos envolvem.
O pensamento, preso, luta em busca
De algo que para ele será a liberdade
Que vem das liberdades...
O inquestionável é o que não vale a pena.
Ele nos prende e nos limita
A imitar...
Alguém nos colocou
Aqui.
E pronto!
Lá correm eles,
Invariáveis e variáveis,
Nos apontando a Ordem
Que nos causa uma
desordem
Por causa da sua
terceira face.
Mas sabemos que há algo
De mais intrínseco
Que foge dos contratos,
Armados!
Estamos em caminhos
De
espinhos
Disfarçados
De flores
Que ora choram suas
dores
Ora mostram suas
cores.
Nossas cores...
Nossas dores...
Nossos amores...
Mas eles...
Eles nos despetalaram!
Com seus esteriótipos,
Infames!
Mimetismos forçados.
Eu vou fugir,
E você?
Temos que ser rápidos.
Temos que ser rápidos.
Fugiremos
Para nós e seremos nós.
Fugiremos, fugiremos
O mais longe deles
Para nós e seremos nós.
Fugiremos, fugiremos
O mais longe deles
Que nós pudermos.
Cuidado!
Ou eles nos restringirão
Ou eles nos restringirão
Com seus absolutos,
(Nem tão absolutos)
Plurais e absurdos.
Onde está a saída?
A saída está em nós.
Ela é doce.
Ela é doce.
E nós brincamos,
Sobe e desce
Desce e sobe,
Na gangorra.
E nós passamos,
Sobe e desce,
Desce e sobe,
Pela vida.
Vida?
Pensem-na como algo indecoroso
...
...
Lizandra Souza.
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